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Tuesday, August 13, 2013

Bandeiradas à moda da Noruega:

O táxi parou, entrei e espantei-me com o taxista: "O sr. é o primeiro-ministro, não é?" E ele, olhando-me pelo retrovisor: "Ah, reconheceu-me logo!" E eu: "Claro, devia ser a tarifa 1 e você pôs a 3!" Mais tarde, noutro táxi, também me surpreendi com o motorista: "O sr. é o Portas, não é?" E ele: "É, prometi deixar isto, mas fiz marcha atrás." O táxi seguinte tinha no tablier um cartão colorido com o nome "Tó Zé" e uma flecha a apontar para o taxista. Dei o endereço. Ele virava-se a sorrir e compunha o cartão para eu o ver melhor. Num cruzamento, ele saiu do táxi, foi para a frente dos faróis e pôs-se sisudo como quem pensa no caminho a tomar. Mas eu, confesso, não liguei. Chegámos e ele disse-me: "Sabe quem sou, não sabe?" Eu não sabia e saí. Parou-me ao lado um táxi com um passageiro ao lado da motorista que me disse para entrar. E eu: "Está livre?!" E o duo gritou: "Viva a liberdade!" Entrei e arrependi-me: de dez em dez metros a taxista mudava de lugar com o tal passageiro. Depois, o táxi bloqueou fora de mão. Enfim, apanhei um taxista com cara de taxista e a viagem com o Jerónimo foi sem história. Ele até me disse três provérbios com a palavra "táxi". A seguir, um táxi ultrapassou outro para me apanhar. Mal entrei, o taxista (reconheci-o, era o Rui Rio) disse-me: "Do que o livrei! O outro táxi era do Menezes..." Ruas depois, saí. Passou um táxi, fiz sinal. Ele parou, espreitei e vi Cavaco ao volante. Preferi ir a pé.
FERREIRA FERNANDES
Hoje no DN

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