Não te venhas lamentar! Dizia o João Lamelas para a esposa. Cortaste-lhes as penas para elas não fugirem do galinheiro e agora com a raposa a guardá-lo isto está lindo! João Lamelas era um pequeno agricultor e a forma de aumentar o pecúlio mensal era a criação de galináceos.
Sua esposa era um pouco feita à boa lei e de pensamento único. Ideia que lhe entrasse na cabeça tinha de ser posta em prática. Custasse o que custasse!
E… assim, depois de ter cortado as penas às galinhas - fazia-o amiúde - resolveu pôr uma raposa a guardar o galinheiro. Por isso a chamada de atenção de João Lamelas à Ermelinda, sua esposa.
Sua esposa era um pouco feita à boa lei e de pensamento único. Ideia que lhe entrasse na cabeça tinha de ser posta em prática. Custasse o que custasse!
E… assim, depois de ter cortado as penas às galinhas - fazia-o amiúde - resolveu pôr uma raposa a guardar o galinheiro. Por isso a chamada de atenção de João Lamelas à Ermelinda, sua esposa.
Sabia de antemão que não passava de desabafo, porque como disse, ideia que lhe entrasse na cabeça raramente saía sem lhe dar execução. Era o que acontecia nas várias reprimendas dadas por João Lamelas. Às vezes dizia para os seus botões: - entra por um ouvido a dez e sai a cem pelo outro!
Muita gente julga que é fácil a vida das raposas. Coitadas! O que tem de penar para levar vida. O misero sustento que aufere não dá para as arrelias. E ganhar a confiança de quem aposta nela não é nada fácil. Depois de estar a guardar o galinheiro as coisas são outras. Aí, pode pôr e dispor à sua vontade. Trair a confiança de quem lha deu. As galinhas coitadas, depois de depenadas, ainda tem de estar dependentes de quem jurou olhar por elas.
Por falar em depenadas veio-me à memória uma história antiga sobre um pilha galinhas. Depois de ter roubado uma, estava-a a depenar, na margem de um rio para a cozinhar para o jantar. Entretanto chegou junto dele um agente da autoridade que andava em cima do caso derivado a uma queixa pelo roubo de galinhas. Ao ver o agente dirigir-se na sua direcção atirou a galinha ao rio.
Por falar em depenadas veio-me à memória uma história antiga sobre um pilha galinhas. Depois de ter roubado uma, estava-a a depenar, na margem de um rio para a cozinhar para o jantar. Entretanto chegou junto dele um agente da autoridade que andava em cima do caso derivado a uma queixa pelo roubo de galinhas. Ao ver o agente dirigir-se na sua direcção atirou a galinha ao rio.
Como as penas estavam espalhadas pelo chão levou o agente da autoridade a perguntar qual o motivo. Sabe senhor agente - exclamou o pilha galinhas - a galinha estava com calor e para se refrescar resolveu tomar banho e pediu-me para lhe guardar a roupa. Vê como se encontra prazenteira dentro da água! Se quiser aguardar mais um pouco vai ver ela a agradecer-me.
Com isto o pilha galinhas convenceu o agente da autoridade que assim deu o caso por encerrado. Quem não o deu foi o pilha galinhas que retirou a galinha do rio e preparou-a para um belo jantar.
Com isto o pilha galinhas convenceu o agente da autoridade que assim deu o caso por encerrado. Quem não o deu foi o pilha galinhas que retirou a galinha do rio e preparou-a para um belo jantar.
É o mesmo que está a acontecer ao nosso galinheiro. Tudo decorria normalmente. A revolução entre as galinhas gerou a que o galo que as comandava foi posto fora sem apelo nem agravo.
Diziam que com esta saída tudo se modificada para melhor. Até se gabavam que com a ida à gamela acabava a austeridade dentro do galinheiro. O certo é que tudo que prometeu - o novo galo - tudo faltou.
As dificuldades a cada dia eram maiores. A maioria das galinhas começaram a protestar. O galinheiro estava em fervorosa. A raposa que administrava o galinheiro não tinha mão nos protestos. Precisava de arranjar alguém da sua confiança no galinheiro.
Diziam que com esta saída tudo se modificada para melhor. Até se gabavam que com a ida à gamela acabava a austeridade dentro do galinheiro. O certo é que tudo que prometeu - o novo galo - tudo faltou.
As dificuldades a cada dia eram maiores. A maioria das galinhas começaram a protestar. O galinheiro estava em fervorosa. A raposa que administrava o galinheiro não tinha mão nos protestos. Precisava de arranjar alguém da sua confiança no galinheiro.
Nada mais fácil que dar um voto de confiança ao galo, rei do galinheiro. E, assim aproveitou o aniversário do galinheiro para lhe fazer um discurso em que lhe reconhecia vários méritos. Não queria mais revolta dentro do galinheiro.
Sabia que ia ser censurado por esta tomada de posição. Mas que se lixe. E assim fez. É que enquanto o pau vai e vem folgam as costas.
Mas... para seu espanto foi aplaudido por várias galinhas que andavam a ser montadas pelo galo, rei do galinheiro, que com ar garboso era só sorrisos pela confiança da raposa guardiã do galinheiro.
Sabia que ia ser censurado por esta tomada de posição. Mas que se lixe. E assim fez. É que enquanto o pau vai e vem folgam as costas.
Mas... para seu espanto foi aplaudido por várias galinhas que andavam a ser montadas pelo galo, rei do galinheiro, que com ar garboso era só sorrisos pela confiança da raposa guardiã do galinheiro.
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