Ao ler notícias do caso swaps em que Ministros e secretários de Estado deste governo estão enterrados até ao pescoço, faz-me lembrar a história da preguiça que coberta de água até ao pescoço, não morreu à sede, porque nesse preciso momento começou a chover. Estes senhores e senhoras julgavam que podiam fazer tudo que nada se vinha a descobrir. Só tenho pena que os portugueses sejam iguais, (sejemos - parafraseando Passos Coelho) à preguiça.
Acomodamos-nos com tudo que nos dão. Aguardamos dias de chuva como a preguiça. Só que ela não vem e vamos morrer todos à sede.
Queremos mostrar o quanto somos sérios e vamos deixando que nos roubem à má fila. O que estou a descrever leva-me a recordar uma conversa mantida com um elemento grado do PSD que faz parte de elenco da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.
Acomodamos-nos com tudo que nos dão. Aguardamos dias de chuva como a preguiça. Só que ela não vem e vamos morrer todos à sede.
Queremos mostrar o quanto somos sérios e vamos deixando que nos roubem à má fila. O que estou a descrever leva-me a recordar uma conversa mantida com um elemento grado do PSD que faz parte de elenco da Câmara Municipal de Paços de Ferreira.
Estava-se a inaugurar o Centro Escolar de Freamunde, o dia, era o de vinte e cinco de Abril de dois mil e onze. Conversa vai conversa vem, como o dia, era dia de política, essa figura grada do PSD - não revelo o nome porque foi uma conversa particular -, a páginas tantas disse-me que os socialistas e José Sócrates eram uns corruptos e uma cambada de mentirosos (Pinóquios).
Não gostei da forma e do conteúdo. Não sou socialista mas fui votante no PS de José Sócrates. Disse-lhe que Cavaco Silva, Dias Loureiro, Isaltino Morais - embora este seja meu amigo -, Oliveira e Costa e tantos outros, que não valia a pena enumerá-los, não eram do partido socialista.
Ripostou. As palavras começaram a ser titubeantes como titubeante é o dom da sua fala. A conversa azedou um pouco e nela vi um pro-forma de atacar a minha pessoa por supor que eu era socialista tal a forma como defendia o governo de José Sócrates.
Não gostei da forma e do conteúdo. Não sou socialista mas fui votante no PS de José Sócrates. Disse-lhe que Cavaco Silva, Dias Loureiro, Isaltino Morais - embora este seja meu amigo -, Oliveira e Costa e tantos outros, que não valia a pena enumerá-los, não eram do partido socialista.
Ripostou. As palavras começaram a ser titubeantes como titubeante é o dom da sua fala. A conversa azedou um pouco e nela vi um pro-forma de atacar a minha pessoa por supor que eu era socialista tal a forma como defendia o governo de José Sócrates.
O que ele estava longe de adivinhar era que o governo de José Sócrates passado dias ia abaixo com o chumbo do PECIV e que quem vinha a ganhar as eleições era Passos Coelho o paladino da seriedade e verdade. Mas como reza o ditado o tempo é a melhor testemunha.
E, assim aconteceu. Tudo o que prometeu na campanha para as Legislativas de dois mil e onze a tudo faltou. Até pôs na boca de José Sócrates frases que José Sócrates lhe atribuiu. Hoje vê-se às claras quem era o “Pinóquio”.
O governo finge que se entende mas não vai faltar muito a andarem à sapatada uns com os outros. Enquanto houver filão para roubar, vão-se entendendo, o pior é quando essa mama acabar.
Se hoje voltasse à conversa com a tal figura grada do PSD da Câmara Municipal, dizia-lhe o quanto ele estava enganado, se era que de engano se tratava. Falava-lhe da tempera que este governo é capaz: forte com os fracos e fraco com os fortes.
Passos gabava-se que este governo era o mais pequeno na era da democracia. Que ia acabar com as mordomias. Gabou-se de acabar com as viagens executivas aéreas para os membros do Estado. Nos gabinetes ministeriais acabou com o ar condicionado e outras mais. Mas tudo foi sol de pouca dura. O boyismo pesa mais .
Passados dois anos Passos Coelho aumentou o número de Ministros e Secretários de Estado o que dá o número de cinquenta e sete, salvo erro, o que não condiz com o famoso grupo de Ali Babá que só eram quarenta. O que acho bem. Quarenta são poucos para guardar a quinta (leia-se Portugal).
Passados dois anos Passos Coelho aumentou o número de Ministros e Secretários de Estado o que dá o número de cinquenta e sete, salvo erro, o que não condiz com o famoso grupo de Ali Babá que só eram quarenta. O que acho bem. Quarenta são poucos para guardar a quinta (leia-se Portugal).
Depois de tudo isto fica-me um sentimento de nojo. Apregoar que o governo de José Sócrates era corrupto e uma cambada de mentirosos apetece-me perguntar à figura grada do PSD, da Câmara Municipal de Paços de Ferreira, que perante isto, como classifica as notícias vinda a lume por vários órgãos da comunicação social sobre o governo do PSD? Era para isto que o PSD queria ir ao pote?
E dá para perguntar: quem se julga esta gente?
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