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Wednesday, July 31, 2013

"O presidente da Câmara do Porto revelou hoje não poder apoiar nem votar no candidato social-democrata à autarquia portuense, Luís Filipe Menezes, e criticou o partido pela escolha "que vai destruir tudo o que foi feito" na cidade.
"Se apoiasse Luís Filipe Menezes era hipócrita. Se não dissesse nada era oportunista. Todos os dias faz promessas e promessas e promessas (...). Tenho a obrigação ética de me demarcar muito claramente do candidato que vai destruir tudo o que foi feito. Isto descredibiliza os partidos", lamentou o autarca social-democrata, em entrevista hoje à noite à RTP1.
Afirmando-se "desgostoso", Rui Rio reprovou o PSD por estar "a infligir pesadas medidas aos portugueses, dizendo que a culpa é de quem endividou o país" e, ao mesmo tempo, escolhe "para o Porto Luís Filipe Menezes, que em Gaia fez pior do que os antecessores socialistas que [o Governo] critica".
"Tenho a obrigação de demarcar do meu partido. Não é politicamente honesto porque o partido que durante 12 anos disse uma coisa [aos eleitores do Porto], agora diz algo completamente diferente", afirmou.
Rio admitiu poder vir a ser "sancionado" pelo PSD pela posição assumida na entrevista, mas recusou "ser hipócrita" e alertou que quem suceder a Menezes na Câmara de Gaia "vai ter um problema gigantesco".
A gestão de Rui Rio em três mandatos na Câmara do Porto ficou marcada pelo rigor nas contas e a Menezes tem sido imputada a criação de dívidas na Câmara de Gaia, que gere há quatro mandatos.
"É possível austeridade e rigor e ao mesmo tempo crescimento. Foi assim que fiz a obra que está feita e dar à cidade o dinamismo que ela hoje tem", notou Rui Rio.
"O candidato do meu partido ter-me-á feito maior oposição do que o PS nestes últimos 12 anos", acrescentou.
Rio diz que gostava que o seu sucessor fosse "o que mais se aproximasse" do que fez na gestão da autarquia, mas frisou não sentir "a obrigação de dar uma indicação de voto claro".
"O candidato do meu partido é precisamente aquele em que não posso votar", insistiu.
Para Rui Rio, a possibilidade de apoiar outro candidato apenas poderá surgir "se acontecer algo de extraordinário".
Questionado sobre se o independente Rui Moreira será o que tem projetos mais próximos dos seus, Rio remeteu para os eleitores do Porto "as leituras que entenderem".
Admitiu, contudo, que alguns dos "impulsionadores de Rui Moreira" são personalidades "de topo da cidade" e que muitos apoiaram a carta aberta dirigida ao Governo pela Câmara do Porto contra a gestão do processo da Sociedade de Reabilitação Urbana Porto Vivo.
Nas marcas que deixa ao Porto, Rio destacou "a coesão social, com o investimento de mais de 170 milhões de euros nos bairros", a reabilitação das escolas, a melhoria na mobilidade, nomeadamente devido "à abertura de mais de cem novas ruas", a vitalidade no turismo e o projeto de reabilitação urbana "boicotado pelo Governo".
Quanto aos confrontos que manteve com a comunicação social e instituições do Porto, vincou que o objetivo foi apenas um.
"Posso abrir uma guerra, ou duas ou três, mas o interesse privado só passa se for conciliável com o interesse público", concluiu."

Tuesday, July 30, 2013

Atenção Algarve:

Depois não digam que não foram alertados. O “Imprensa Falsa” alerta os turistas ou os veraneantes dos cuidados a ter. 
Se eu fosse um dos polícias, a fazer segurança, tinha cuidado e não andava com dinheiro na carteira. 
Conheci um famoso carteirista que dizia para não perder o jeito roubava a carteira aos familiares ou pessoas mais próximas. Portanto senhores agentes todo o cuidado é pouco. 

Sejemos realistas:

Ironizaram com o inglês “técnico” de José Sócrates mas agora com este português exibido por Passos Coelho os jornalistas e comentadores calam-se. Sejemos não é uma “gaffe”. É o modo de como se conclui os estudos aos trinta e sete anos de idade. Este tempo e modo do verbo ser, (sejamos) a que Passos Coelho profere “sejemos” está na quarta pessoa do Presente Conjuntivo do verbo ser: 
Que eu seja, que tu sejas, que ele seja, que nós sejamos, que vós sejais e que eles sejam. Portanto é um erro de palmatória. A sua professora - Maria Luís Albuquerque - devia sentir vergonha por ter um ex-aluno com um vocabulário destes. É de risota geral. Há um provérbio que diz: diz-me com quem andas dir-te-ei quem és. Se Passos Coelho teve na roda dele, amigos como Miguel Relvas, como podemos exigir mais dele.  

Monday, July 29, 2013

Reconhecimento:

Aos que se solidarizam com o aniversário do blogue “Coisas que podem acontecer” - Olinda de Freitas, Jorge Carvalheira, Carlos Barbosa de Oliveira, Francisco Clamote, Reis e Valupi, os sinceros agradecimentos do administrador do blogue: Manuel Pacheco.

Carta aos deputados:

"Reproduzo uma carta enviada aos deputados eleitos por Lisboa, de todos os grupos parlamentares:
Às Senhoras e aos Senhores Deputadas e Deputados à Assembleia da República Eleitos pelo Círculo Eleitoral de Lisboa (que é onde resido e onde voto)
Assembleia  da República
Lisboa

Senhoras e Senhores Deputadas e Deputados à Assembleia da República

1. Sei perfeitamente que, nos termos da Lei, V. Exas. não representam apenas os eleitores de Lisboa - V. Exas. representam “a Nação” e, por isso, sou legalmente representado, não apenas por V, Exas., mas por todas a Senhoras Deputadas e por todos os Senhores Deputados que nessa Câmara se assentam. Porém, entendo que a multiplicidade de mandantes e de mandatários acaba por turvar a clareza e a responsabilidade, que devem existir, na representação, legal ou voluntária, tanto mais quando é certo que a qualidade de representantes da nação (de mim, também, portanto), surge permanentemente no Vosso discurso para o legitimarem de especial valor e de transcendente significado.
Por essas razões, porque me desagrada esta sopa, em que todos representam todos e, afinal, ninguém representa ninguém, optei por reduzir a ficção à dimensão, mais confortável, do círculo eleitoral por onde V. Exas. foram eleitos e onde eu votei. Esperando que, nesta dimensão, certamente mais aconchegada, V. Exas. se sintam mais próximos e mais responsabilizados perante mim e vinculados às instruções (não pedidos ou sugestões) que entendo transmitir-vos.
A violação por V. Exas. destas minhas instruções significará que os Vossos actos ou omissões em contrário ao que nelas Vos determino representará a quebra definitiva da relação de confiança, de cuja existência e subsistência depende o mandato.

2. E, assim, deverão V. Exas., no exercício dos poderes que eu Vos conferi, votar contra a aprovação da moção de confiança, que o Governo Vos propôs.
Conheço perfeitamente as consequências, jurídicas, políticas, económicas e financeiras, que a reprovação dessa moção poderá trazer: a queda do Governo causará a abertura de uma nova, e mais grave, crise, quando acabamos de saír de outra.
Mas, por outro lado, a aprovação dessa moção - a expressão de um juízo de confiança no Governo - constituirá uma insuportável perversão e uma patente degradação do sentido e do significado das palavras, que é o primeiro e último momento do discurso honrado.
E será, afinal, razão para a Assembleia da República deixar, ela, de merecer a confiança dos cidadãos.

3. São os seguintes os fundamentos da minha instrução:


A. O Senhor Ministro dos Negócios Estrangeiros não merece confiança:

  • Desempenhou funções relevantes na estrutura dirigente do Banco Português de Negócios, que contribuiu largamente para os estado de desgraça imensa do Povo;
  • Nessas funções, para além do recebimento, em termos não canónicos, de remunerações, concluiu negócios cujos elevados proveitos resultaram, iniludivelmente, da actividade criminosa desenvolvida no Banco;
  • Não goza de confiança e de consideração da maior potência mundial, com a qual Portugal mantém relações diplomáticas, cujos representantes o apresentam como negocista inescrupuloso e despesista incontinente, o que prejudica definiticvamente as suas condições para o exercício do cargo;
  • Perante as interrogações que este factos suscitaram, optou por as degradar arrogantemente para o nível da “podridão”, recusando aos eleitores a legitimidade para o escrutínio democrático dos governantes.
B. A Senhora Ministra  de Estado e das Finanças não merece confiança:

  • Sem nenhuma utilidade imediata, resolveu atacar o Governo anterior com imputações falsas. Para além de desonestidade, demonstrou insensatez, o que, certamente, não a recomenda para a função, mormente no momento actual;
  • Chamada a esclarecer a sua falta, persistiu na mentira, mesmo contra factos e provas evidentes.
C. O Senhor Vice-Primeiro Ministro não merece confiança:
Para satisfação das suas ambições pessoais, de poder e de promoção política, não hesitou em mergulhar o País numa grave crise política, com elevados, e inúteis, custos, financeiros e de dignidade das instituições, degradando para além de limites insuportáveis o valor das palavras e das declarações.

D. O Senhor Primeiro Ministro não merece confiança:
  • Por insensatez, inconsideração ou indiferença, designou para o Governo o Senhor Dr. Rui Machete, a Senhora Dra. Maria de Lurdes Albuquerque e o Senhor Dr. Paulo Portas, sem atender às razões que determinavam que não o fizesse;
  • Por insensatez, inconsideração ou indiferença, envolveu o Senhor Presidente da República na nefasta nomeação da Senhora Ministra de Estado e das Finanças, oferecendo garantias que não poderia prestar, manter e honrar.
4. Por estas razões todas, e salvo se V. Exas. puderem, com verdade, contrariar qualquer uma delas, ou todas, deverão votar contra a aprovação da moção de confiança proposta pelo Governo à Assembleia da República."

Creiam-se V. Exas. meus leais e humildes servidores
João Araújo
Eleitor em Lisboa
Lisboa (que é onde resido e onde voto), 28 de Julho de 2013

Sunday, July 28, 2013

O que fica de José Sócrates:

Sou um consumidor viciado no que diz respeito à internet e aos blogues. Por isso todos os dias dou uma olhadela a muitos blogues para me inteirar dos seus pontos de vista e de notícias que vão buscar a jornalistas e opinadores de vários jornais. É certo que tenho a tendência de percorrer os da área da minha ideologia. 
Nunca fui e não sou filiado em nenhum partido mas tenho simpatias por um ou outro dirigente. Um deles, já o referi em alguns textos que escrevi, é José Sócrates.
Nunca fui PS, a não ser uma vez votar em Mário Soares para a Presidência da República, na era em que Álvaro Cunhal atribuiu, que era melhor engolir sapos vivos que votar no outro candidato, que julgo ter sido Freitas do Amaral.
Nessa altura o meu voto ia para a APU, agora CDU, por força desse líder carismático que era Álvaro Cunhal. Depois deixei de o fazer e o votei BE, mas detectei, que não ia acrescentar nada derivado ao facciosismo de Francisco Louçã.
Até que surgiu José Sócrates a concorrer a Primeiro-ministro e aí não hesitei. Nunca me arrependi e a prova disso o meu voto foi sempre para ele nas vezes que concorreu a Primeiro-ministro. 
Depois do chumbo do PECIV, a que os tais a quem dei o meu voto noutras alturas, resolveram aliar-se à direita para derrubar o melhor governo de Portugal, encabeçado por José Sócrates, é que me apercebi o quanto estava enganado. 
E ainda mais, quando Carlos Carvalhas um dos que fez com que não votasse mais CDU, com a expulsão de vários elementos que discordavam da política seguida pelo PCP, veio passado uns anos reconhecer o mérito ao governo de José Sócrates.   
Ainda hoje não se convencem do mal que fizeram ao País e continuam a atribuir culpas a José Sócrates. Só que um dia a história vai relatar quem se vendeu à direita e as malfeitorias que essa direita fez ao País.
Também houve uma série de jornalistas que contribuíram para isso. Uns a soldo dos seus patrões outros por ignorância. Mas acontece que a verdade é como o azeite: vem sempre ao de cima.
Hoje vamos recebendo textos de opinião em que alguns vêm trazer a mão à palmatória e não se inibem de reconhecer os seus erros. Um desses é Miguel Sousa Tavares. Reconhece os feitos do Governo de José Sócrates e até os elogia.
Pena que muitos não façam o seu acto de contrição. Não o fazem por pudor porque agora têm a certeza absoluta da sua contribuição para o derrube do Governo de José Sócrates. 
Se pudessem voltar atrás não pensavam duas vezes e faziam como diz Heráclito: você pode banhar-se no mesmo rio diversas vezes. Entretanto nunca poderá banhar-se na mesma água daquele rio duas vezes.

Saturday, July 27, 2013

Foi há três anos que tomei a iniciativa, depois de ser aconselhado por Valupi, administrador do blogue “Aspirina B”, que devia criar um para ali descrever os comentários e textos de opinião que ali debitava. Na altura achei que ia ser um “burro a olhar para o palácio” tal era a ausência de escrita a não ser umas participações ou inquéritos que tinha de realizar no serviço que prestava para o Estado como funcionário público. Mas o fazer uma participação ou um inquérito não é o mesmo que escrever um comentário ou texto. Assim via-me com dificuldade.
Havia muitos anos que tinha perdido a realidade da escrita e quando frequentei o ensino primário não passei do ABC. Mais tarde - homem feito - a expensas minhas, fiz o quinto e sexto ano, no mesmo ano, mas só aprendi o rudimentar. Portanto ainda continuava o “burro a olhar para o palácio”. Só que, “água mole em pedra dura tanto dá que até fura”, era o que ia acontecendo comigo. Criticado por uns, ajudado por outros, lá ia levando a “água ao meu moinho”.
As críticas mais ferozes faziam mazelas. Mesmo assim, casmurro que sou, seguia em frente porque em frente é que é o caminho. Com isto não quero dizer que de vez em quando não vinha o desânimo. Vinha. E de que maneira!
Sabe-se que um blogue, para mais pessoal, custa muito a dar-lhe vida. Não é porque em Freamunde não abundem questões e temas a publicar. Há-os às carradas. Seja para enaltecer seja para o seu contrário.
Como não sou pessoa de intrigas cinzo-me ao que vejo e dentro das regras da boa educação dou conta delas aos meus leitores. Seja na Cultura, Desporto, Política, no dia-a-dia de Freamunde, para que Freamundenses que labutam por este País fora e pelos vários países deste planeta chamado Terra, tomem conhecimento dos eventos e feitos pelos seus conterrâneos. Sei que muitos ficam orgulhosos e agradecidos por lhes levar “novas”, que de novas, só são durante uns minutos, dado o avanço que têm levado os facebooks e internets.
Já estive ausente de Freamunde por várias vezes e sei dar o valor a esta nostalgia. Quantas vezes corria os jornais de ponta a ponta, a ver se ali constava alguma notícia sobre Freamunde, ou o próprio nome de Freamunde. Só às segundas-feiras nas páginas sobre o desporto é que lá vinha o nome do S. C. Freamunde. De outra forma não aparecia.
Assim hoje à “velocidade da luz” é-nos escarrapachado nos telemóveis, computadores, tabletes, ou em qualquer outro aparelho de informática, as mais diversas notícias. Por isso o meu empenho para que o blogue “Coisas que podem acontecer” leve notícias fresquinhas que, para isso todos os dias escrevo um texto, ou publico uma notícia sobre Freamunde ou sobre política.
Como disse há os detractores, mas para esses, o meu pensamento vai para a rábula da “raposa e as uvas”. Sei que sou lido em vários pontos do Mundo, desde a China, passando pelos países de Leste, a Rússia é um dos que mais leitores tenho, Estados Unidos da América, Brasil, Alemanha, França, Itália, Espanha, Angola, Canadá e até no Vietname, uma vez, por outra. Julgo que de Freamundenses a labutar por estes países.
Disse um dia um Presidente dos Estados Unidos da América: antes de exigires sacrifícios da tua Pátria oferece o contributo que ela merece. E, assim é que devia ser. Houve pessoas que muito contribuíram para a ascensão de Freamunde. 
Conseguiram fazer de uma coutada, uma aldeia, depois uma vila e, hoje uma cidade, que em tempos primórdio se chamou Fredemundus. «(Frieden, Paz) (Munde, Protecção).» Mais tarde Freamunde. "Acarinhem-na. Ela vem dos pedregulhos e das lutas tribais, cansada do percurso e dos homens. Ela vem do tempo para vencer o Tempo."  
Por tudo isto é que sou levado a dar sustento ao meu blogue. Para falar de coisas banais e coisas mais sérias. Tenho plena convicção que para mais não tenho jeito. Contudo faço o que acho útil para elevar o nome de Freamunde. Não o quero fazer com mentiras mas também com brejeirices. Assim vou expondo os meus pontos de vista. Se todos assim procedêssemos Freamunde estaria melhor. Não havia as guerras internas e ninguém se intitulava “dono da quinta”.
Podem crer que enquanto o “Coisas que podem acontecer” existir é para elevar Freamunde. Estes três anos foram difíceis e creio que outros mais difíceis vêm. 
Vou tentar resistir para levar aos muitos Freamundenses espalhados por Portugal e pelo Mundo a minha pequena contribuição.
Assim! Mais houvesse. 

Humor fim-de-semana:

- Alô! A minha sogra quer atirar-se pela janela!
- Enganou-se no número... aqui é duma carpintaria!
- Eu sei,.. mas é que a janela não abre!  

Friday, July 26, 2013

Nacos de vida. Poesia de Rodela:

A terra da minha mente

Na minha terra é avermelhada
a cor do sol e há só cravos vermelhos,
cá já nem os idosos mais são velhos,
fazem anos apenas e mais nada.

Mas cá, na minha terra, moro eu
e mais ninguém, sabiam? mais ninguém,
porque se cá morasse mais alguém,
diziam que o povinho enlouqueceu.

Assim vou passar eu por ser o tolo
e aquele que se goza de consolo,
de ser apenas velho só na idade!

Mas pela recompensa de sonhar,
vou ver os meus cabelos branquear,
num baloiço chamado liberdade!

A ler pelos actuais e futuros pensionistas:

"O Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social é uma corda no pescoço dos pensionistas"
A estrutura da Segurança Social é superavitária por estar estruturada sobre as contribuições - sempre foi até aqui, aliás, o único sector do Orçamento do Estado sem défices -, e porque tem uma relação directa com a riqueza produzida pela força de trabalho. Não só em Portugal. Calcula-se que 1/3 de toda a riqueza mundial diz respeito a fundos da segurança social. Só será insustentável se o número de desempregados e precários continuar a subir, uma vez que são trabalhadores que não descontam ou não descontam o suficiente para garantir os que já não estão a trabalhar.
Antes de se demitir, o ex-ministro das Finanças, Vítor Gaspar, fez um último acto. Somando agora à questão laboral que referi a descapitalização do fundo por uso indevido (ajuda humanitária ao Kosovo por exemplo) às dívidas (quase 9 mil milhões de euros), a autorização da utilização do Fundo de Estabilização Financeira da Segurança Social (FEFSS) em investimentos com dívida pública até 90%. A esta operação chamou o "Wall Street Journal" pela mão do colunista Stephen Fidler "repressão financeira" (11/7/2013).
Creio que esta medida será uma corda no pescoço dos reformados e pensionistas. Actualmente o valor do FEFSS é de cerca de 10 mil milhões de euros. Até aqui, 55% deste fundo estava investido em dívida pública portuguesa ou dívida garantida pelo Estado (nesta última definição pode estar dívida tóxica como a do BPN), 25% em dívida pública de outros estados da OCDE e 17% em acções de empresas estrangeiras.
A Segurança Social é um fundo superavitário, as contribuições eram suficientes para pagar pensões de velhice e os superavits, entre 2% e 4% das contribuições, eram colocados num regime de capitalização, o FEFSS, com o intuito de, segundo a lei, "contribuir para a sustentabilidade do sistema previdencial".
Mas o que é afinal o FEFSS? Estará ele a contribuir para a sustentabilidade da Segurança Social? O FEFSS é uma parte do salário tirada das contribuições dos trabalhadores em nome de uma promessa futura. A promessa de que? quando não houver dinheiro para pagar as pensões através das contribuições se utiliza este fundo. É um mau negócio, é um péssimo serviço público.
Em primeiro lugar porque os investimentos em títulos são altamente arriscados porque dependem das crises cíclicas (desvalorização cíclica da propriedade), mas sobretudo investir em títulos da dívida pública significa investir em algo que hoje vale pouco mais que o papel em que está impresso. Na verdade alguém acredita que, no actual estado da economia, estes títulos serão resgatados daqui a dez anos pelo seu valor?
Em segundo lugar, porque à medida que o FEFSS investe em títulos do Estado português, ainda que este fundo cresça, ele vai delapidando as contas públicas portuguesas. Porque a dívida pública é uma renda fixa que depende do pagamento de um juro. Esse juro é garantido por uma massa de recursos que depende, para a sua "credibilidade nos mercados", do corte de salários e pensões. Isto é, quanto mais se cortam as pensões e os salários, mais o Estado arrecada e transfere recursos públicos para mãos privadas sob a forma de rendas fixas (juros da dívida, PPP, etc.).
Finalmente, a haver uma renegociação da dívida, ela vai assim recair também nas reformas dos trabalhadores, que foram parcialmente investidas na própria dívida.
Esses recursos, enquanto não são utilizados, podiam servir para reduzir os problemas de habitação da população, por exemplo. Em vez de se endividarem com um banco, os trabalhadores (parte deles) pediam à Segurança Social um empréstimo. Uma espécie de empréstimo dos trabalhadores aos trabalhadores, entendidos aqui no sentido amplo de "aqueles que vivem do salário". Em vez desta escolha, decide-se financiar a banca, que por sua vez financia, com custos muito mais altos, os trabalhadores para adquirem casa. Este é um exemplo, entre outros, de que o fundo da segurança social pode ter uma gestão que seja do interesse público. Não me parece porém que esse interesse público possa ser realizado pelos mesmos que o têm gerido e delapidado.

Raquel Varela

Historiadora, coordenadora de "A Segurança Social é Sustentável. Trabalho, Estado e Segurança Social em Portugal" (Bertrand, 2013)

Thursday, July 25, 2013

Coitado do mentiroso…

"Mente uma vez mente sempre, mesmo que depois fale verdade, todos dizem: mente". Há vários aforismos mas este é o que se adapta melhor aos esquecidos da verdade. Sim! Por muito que digam que mentiu todo o ser humano tem direito à defesa. O que para alguns é claro para outros pode ser escuro. Também existem pessoas que o dizem com tal convicção que julgam a mentira como uma verdade inquestionável. Uma dessas chama-se Maria Luís Albuquerque.
Há outro aforismo que consta: por cada mentira dita que caia um dente. E, se repararmos bem, quando é perguntado a Maria Luís Albuquerque se mentiu, ela, até faz questão, de dizer “não minto”, e fá-lo com um sorriso onde mostra que não lhe falta nenhum dente.
Para muitos adeptos deste aforismo, lembro que o implante e as próteses dentárias, não foram inventadas só para tragar os alimentos. Foram também para dar outra fisionomia e esconder os muitos “aldrabões”, desculpem, os esquecidos da verdade. Sim! Que a verdade anda a ser muito maltratada.
Antes diziam: “é pobre"! Não é credível. Hoje podemos constatar que a mentira anda em qualquer boca, principalmente na dos políticos. E… Maria Luís Albuquerque bateu o recorde de Pedro. Não me refiro ao nosso Primeiro! Refiro-me ao Apóstolo Pedro, quando Jesus Cristo lhe disse: - “ Pedro, antes do cantar do galo vais negar-me três vezes!”
A Comissão Parlamentar de Inquérito ainda vai no seu início e cinco inquiridos já confirmaram que Maria Luís Albuquerque tinha conhecimento dos swaps. 
É caso para dizer: Quantas vezes mais até findar o Inquérito Parlamentar vai negar o seu desconhecimento Maria Luís Albuquerque?          
«O Mundo pula e avança como bola colorida entre as mãos de uma criança»

(António Gedeão)

"Creio que nenhuma outra época tenha sido mais cruel para com os seus velhos que esta em que vivemos. A geração a que pertenço, e que tentou dar forma à glorificação da eterna juventude, envelheceu e foi varrida como lixo. Hoje, reformados em reservatórios de velhos ou em qualquer banco de jardim, aguardamos pacientemente o fim que se anuncia longo mas penoso: longo porque conseguimos com sucesso erradicar muitas das maleitas que nos fariam morrer mais cedo, penoso porque ameaçam não mais sequer nos ouvir. 
Todo o “saber de experiência feito” que acumulámos, o único saber que não se pode aprender nas carteiras das escolas nem nos bancos das universidades, senta-se agora nas cadeiras de jardim ou é prisioneiro das camas articuladas dos lares da terceira idade. 
A eterna juventude fala por mensagens que não sabemos enviar nem receber, comunica por celulares que não conseguimos operar, trabalha por computadores que não logramos decifrar nem acionar e que parecem conter todo o saber acumulado digno de registo. 
Nós, a quem chamam info-excluídos, sabemos que o Mundo não cabe dentro dessas máquinas diabólicas e por isso somos rejeitados ou mesmo descartados: o “saber de experiência feito” não está dentro das máquinas. 
São máquinas que não pensam, ao contrário do que eles pensam, que não raciocinam, ao contrário do que eles julgam, nem têm capacidade para processar tudo o que há de mais importante neste mundo: o factor humano! Mas são tão rápidas a somar zeros e uns que até parecem que pensam e por isso fascinam… 
A “verdade” de hoje passa por estas máquinas que nós próprios criámos mas que, conscientes das limitações que sabemos terem, apenas utilizámos como nossos auxiliares. 
Hoje, a sua deificação faz com que só quem tem o privilégio de as compreender possa ser incluído no maquiavélico sistema criado à sua sombra, a que nós já não pertencemos. 
De nós pouco sabem porque não nos podem seguir pelos telemóveis, não nos conseguem espiar pelas contas dos cartões multibanco, nem nos registam nas portagens das autoestradas. De alguma forma não nos controlam e por isso somos obsoletamente adversos e incómodos ao olho do “Grande Irmão”! 
É também por tudo isso que o actual sistema prefere os jovens: a sua candura torna-os menos avisados a perigos que já conhecemos. 
A minha é a geração da Guerra e dos refractários do Vietname, do Klu-Klux-Klan, do Flower Power e dos Black Panthers nos EUA, do Maio de 68 em Paris, da Primavera de Praga e da invasão soviética, da dessacralização do comunismo na Europa, do despertar dos longos colonialismos na África e na Ásia e da queda do apartheid nos Estados Unidos da América e na África do Sul. 
Por cá, a minha é a geração da Guerra Colonial, do combate ao fascismo, do 25 de Abril e da libertação de Portugal e das Colónias. A minha é a geração de tudo isto e de muito, muito mais! Chamavam-nos então idealistas e sonhávamos com um mundo sem grandes discriminações, sem grandes desigualdades, sem Grandes Guerras. 
Para isso tinham nascido a ONU, a UNESCO, a Conferência dos Não-Alinhados, a Organização de Unidade Africana e até a Comunidade Europeia, mas também a NATO e o Pacto de Varsóvia. O mundo encontrava-se dividido a partir de Berlim e nós só tarde nos demos conta de que, mesmo algo trôpega, essa divisão nos dava alguma margem de manobra. 
Hoje, o Mundo já não está dividido e a margem de manobra diminuiu. Já ninguém se questiona se haverá outras fórmulas possíveis de sociedade nem se defendem já ideais ou ideologias. Esses ideais, ao que parece, ficaram residentes na minha geração e em alguns jovens rebeldes e refractários a esta paz mole e quase abjecta que hoje nos querem vender como única verdade. As ideologias passaram a ser amaldiçoadas como peçonha e ninguém parece interessado em repegar a sua discussão. 
A minha geração sabe contudo, de saber de experiência feito, que elas são imprescindíveis à construção de futuros mais coerentes e de sociedades mais justas. Talvez seja por isso que hoje nos tratam assim! De alguma forma, é a minha geração que assim se trata; de alguma forma, é a parte da minha geração que sempre negou o valor dos ideais e das ideologias, que hoje gere, triunfante, o Mundo tendencialmente abjecto em que vivemos. 
Este é o Mundo moldado por eles, à sua imagem e semelhança e tendo como única “ideologia” a maximização do lucro de poucos, que eles pretendem legar aos seus descendentes. 
Para isso, precisam que todos os outros nem sequer questionem a possibilidade de outras verdades, a possibilidades de ideais, a discussão sequer de uma ideologia. Eles pretendem deixar de herança, tal como todos os tóxicos que criaram - resíduos, produtos financeiros, paraísos fiscais, tráfego de drogas, influências e armas - esta sociedade, também ela venenosa. 
É por isso que nós, enquanto memória do tempo, memória do Mundo, memória da Humanidade, lhes somos uma verdade incómoda. 
É por isso que a idade deixou de ser um posto e passou a ser uma incomodidade! É precisamente por isso que a idade terá de reassumir o seu verdadeiro papel e dimensão: o papel de memória e de saber de experiência feito. 
Há que ouvir os velhos e perceber que neles reside apenas o essencial, uma vez que já esqueceram tudo o que aprenderam, e se lembram só de tudo o que viveram. 
Resta ainda a esperança e a tranquilidade de saber que esta cultura só se transmite de avós para netos e que, assim sendo, nem tudo está perdido. 
Esperemos que seja possível, desde os bancos dos jardins ou das camas articuladas, no longo tempo de que ainda nos permitimos dispor, passar a palavra que alguns não querem que passe, e assim fazer pular e avançar o Mundo, «como bola colorida, entre as mãos de uma criança»."
(Fernando Pinto via Facebook)

Wednesday, July 24, 2013

Os remendos:

Há bastantes anos, era puto de escola, a vida dos portugueses era difícil e a maioria deles, pobre. Para fazer face a várias soluções, uma delas, no que diz respeito ao vestuário, era levá-lo até ao limite da sua duração. A ordem não era rica - como era uso apregoar - e por morde disso tinha-se que arranjar soluções para levar essas peças de vestuário para além do seu limite. Claro está! Na classe mais pobre.
Então resolveu-se inventar o “remendo”. Este servia para dar mais continuidade ao vestuário, principalmente, calças. Ainda me lembro de dizer a um colega meu para pôr escrito em cada remendo o nome dos distritos e províncias ultramarinas portuguesas o que ele me respondeu. 
- Não me tinha lembrado - mas de qualquer maneira ainda sobra remendos que não sei o nome a dar-lhes!
- Respondi-lhe - pelos remendos que contei sobram dois, aos quais, punhas o nome do Presidente do Conselho de Ministros, à época Salazar, e do Presidente da República, Américo Tomás.
- Disse - não o faço porque não estou para fazer publicidade graciosa e os meus pais também não o admitiam. Assim brincávamos com a nossa triste vida e com os remendos do nosso vestuário.
Também se usava dizer: “Um remendo de um pano novo e resistente sobre um tecido já enfraquecido, fatalmente causará um rombo maior”. E assim acontecia. 
Quantas vezes, a minha mãe tinha de cozer novamente os remendos para dar mais uns dias de uso às minhas calças. Tempos desgraçados.
Ao ver os remendos que Passos Coelho faz com o governo lembro-me da frase que volto citar: - “Um remendo de um pano novo e resistente sobre um tecido já enfraquecido, fatalmente causará um rombo maior”.
Pena que quem tem o dever de olhar se o remendo é consistente não passe também de um remendo. E… como se usa dizer: remendo mal remendado buraco alargado. É o que vejo neste remendo do governo.    

Tuesday, July 23, 2013


O destemido:


Monday, July 22, 2013

Não foi visto antes, o papa a ser transportado num pequeno automóvel utilitário numa visita oficial. Um vulgar e pequenino automóvel. Pelas imagens televisivas percebeu-se bem que ao longo do percurso qualquer um podia furar a segurança e aproximar-se do automóvel em que seguia o papa. Vê-lo a cerca de metro e meio, falar-lhe e escutá-lo enquanto ele acenava. Para melhor e mais proximidade Francisco baixou os vidros das janelas e ali seguia ao vento e à escuta das saudações da população (fiéis católicos ou não). Coisa rara. Um homem de vestes sem medos, próximo. De certeza que a querer aproximar-se ainda mais, talvez sair do carro… se a segurança permitisse. Francisco deve ser uma grande dor de cabeça para os seguranças e é seguramente alguém que não teme, considerando que o afastamento das populações que era prática dos seus antecessores nada têm que ver com ele.
Podemos não ser católicos, podemos ser católicos mas muito críticos do muito de mau que existe no Vaticano e na sua igreja por todo o mundo, o que não podemos é deixar de admirar Francisco e aquilo em que decerto ele acredita que deve ser um papa. Não um rei, não um príncipe. Sim um homem de Deus que quer a proximidade com os seus semelhantes, os seus irmãos. Há dogmas e máfias da igreja do Vaticano a caírem e muitos mais se esperam que caiam. O ribombar da queda já se ouve. Que nunca caia Francisco se continuar a agir como aparenta que quer e está a agir. (Redação PG)

Papa Francisco desfila de papamóvel pelas ruas do centro do Rio

Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro – O papa Francisco percorre, neste momento, as ruas do centro da capital fluminense. Ele recebe o aceno de milhares de pessoas que se concentram nas calçadas. O desfile do papa começou na Catedral Metropolitana, onde ele embarcou no papamóvel, depois de ter percorrido de carro fechado o trajeto da Base Aérea do Galeão, na Ilha do Governador, até o centro do  Rio.
Francisco chegou à capital fluminense pouco antes das 16h, desembarcando na Base Aérea do Galeão, onde foi recebido pela presidenta Dilma Rousseff, o vice-presidente Michel Temer, o governador Sérgio Cabral Filho, o prefeito Eduardo Paes e outras autoridades, além do arcebispo do Rio, dom Orani João Tempesta, do cardeal dom Raymundo Damasceno, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e do presidente do Pontifício Conselho para Leigos, cardeal Stanislaw Rylko. Esta é a primeira visita oficial do sumo pontífice ao Brasil desde que foi eleito, em março passado.

Cerca de 400 homens da Polícia Militar e dois helicópteros fazem a escolta do papa.

Edição: Aécio Amado

Polícia encontra bomba caseira no Santuário de Aparecida

Mariana Tokarnia - Repórter da Agência Brasil

Brasília – Uma bomba caseira foi encontrada neste domingo (21) no Santuário Nacional de Aparecida, onde o papa Francisco irá celebrar uma missa nesta quarta-feira (24). O esquadrão antibombas do Grupo de Ações Táticas Especiais da Polícia Militar de São Paulo foi chamado e detonou o artefato. Segundo a Polícia Militar (PM), "em nenhum momento, a vida de civis foi colocada em risco".
Em nota, a PM diz que se tratava de um cano aparentemente plástico, envolto em fita adesiva, "um artefato caseiro e de baixo potencial lesivo". O objeto foi encontrado ontem por volta das 11h30 durante um exercício simulado pelas forças de segurança no santuário. A bomba caseira estava no banheiro de um estacionamento.
A nota acrescenta que "episódios semelhantes faziam parte do treinamento das forças de segurança mobilizadas em Aparecida". O papa Francisco já está no Rio de Janeiro, em sua primeira visita ao Brasil. Ele participará, a partir de amanhã, da Jornada Mundial da Juventude (JMJ). Na quarta-feira, o papa deixará o Rio de helicóptero e irá até Aparecida (SP), onde deve chegar às 9h30, para celebrar uma missa e abençoar os fiéis. A visita deve atrair entre 150 mil e 200 mil pessoas.
Em todos os eventos com o papa, são esperadas mais de 1,5 milhão de pessoas. Mais de 20 mil agentes e militares vão trabalhar na defesa e na segurança pública, durante a JMJ, sendo 40 homens da Polícia Federal, que acompanharão o papa em todos os compromissos no Brasil.

Edição: Carolina Pimentel

Sunday, July 21, 2013

Há alguém que explique! Mas bem explicado:

No dia dez de Julho, Cavaco Silva, não deu posse às remodelações feitas por Passos Coelho e sugeriu que os três partidos da área da governação se reunissem para um Acordo de Salvação Nacional - que se tornou um Aborto - ao qual ninguém se entendeu. Só Cavaco Silva achava isso possível, ou aqui, tentava salvar o seu governo. 
Queria um cheque em branco do PS. Em dois mil e onze não tentou algo para que estes três partidos se entendessem e evitasse a vinda da Troika. Não era o governo da sua graça.
Hoje, depois dos rombos que causou ao País com a desconfiança na remodelação do governo, acha-o capaz de levar a legislatura até ao fim. 
Se houvesse um acordo esta legislatura só durava até dois mil e catorze, como não houve, entende que o governo ficou mais forte e vá até dois mil e quinze, fim da legislatura. 
É aqui que preciso que me expliquem direitinho, porque não entendo! Se há quinze dias não havia condições e depois das turbulências pelo que o País passou, incluindo os mercados, Cavaco Silva veja agora o governo com condições de ir até ao fim da legislatura. 
Pura ignorância. Teve oportunidade de se desmarcar desta cambada de incompetentes mas não o fez. Prefere que seja a rua a fazê-lo.
E, aqui duvido, se Cavaco Silva têm condições psíquicas para levar a sua magistratura até ao fim. Porque não diz e faz o que antes pronuncia. Assim só dá comiseração aos portugueses.
Tivemos Reis e Presidentes da República com falta de credibilidade mas como Cavaco Silva é impossível. O homem precisa de ser tratado. Ou então somos nós que precisamos.     

Saul! O maior:

O Presidente jogou forte e perdeu. É provável que se tenha tornado irrelevante. Cavaco Silva fez o discurso que poderia ter feito há dez dias, quando anunciou que havia um Governo de gestão e obrigou os partidos a negociarem um acordo que falhou.
Há dez dias, o Presidente podia ter dito que o Governo tinha perdido as condições de legitimidade para continuar e marcar eleições antecipadas. Ou então aceitava a remodelação proposta pelo executivo, mas anunciava que ia estar vigilante.
Mas preferiu o golpe de teatro. Agora recuou por completo.
E, apesar do aviso que deixou no final, o Presidente corre o risco de se tornar irrelevante.
Cavaco tentou salvar os restos mortais do acordo afirmando que para o futuro ficou uma semente: a cultura de diálogo.
Não é verdade. Nenhum dos partidos queria o acordo e todos tinham razões para não respeitarem a vontade do Presidente.
Não houve e não há consenso porque os partidos querem coisas diferentes. Para haver um consenso, era preciso que existissem condições para harmonizar as posições de todos.
Não existem. Deixaram de existir. Está errado o Presidente quando diz que estavam reunidas as condições propícias para um acordo. Talvez tenha razão ao afirmar que um dia a realidade o pode vir a impor.
Cavaco reconduziu um governo que abriu uma crise política que penalizou gravemente o país e as instituições e cujos líderes não confiam um no outro.
A emergência nacional que justificou há dez dias o apelo desesperado de Cavaco Silva parece ter desaparecido como que por milagre.
O apelo ao acordo significava que o governo já não era capaz; agora, Cavaco tem de readmitir em plenitude de funções um governo que ele próprio colocou em gestão.
A crise segue dentro de momentos. Pior do que antes do patético apelo do Presidente. Com os partidos mais distantes uns dos outros e mais radicalizados do que antes das negociações falhadas.
Cavaco sabe que não voltará a ser escutado da mesma maneira até ao final do seu mandato. Mesmo que tenha deixado no ar, de forma suave, a ameaça da bomba atómica.
Cavaco sabe que a maioria não ouvirá as recomendações que o Presidente deixou.
O Presidente jogou forte e perdeu. É provável que se tenha tornado irrelevante.
É preciso um compromisso nacional para salvar o Presidente da República.
Comunicação de Cavaco Silva na íntegra
MIGUEL GASPAR - Público

Carta ao Presidente da República:

Sr. Presidente
Dirijo-me ao respeitável cargo, não ao Aníbal que acidentalmente o detém.
O sr. Presidente vai falar hoje ao país. Não lhe restava outra hipótese, pois o país exige que o sr. promova urgentemente uma saída para a actual crise. Esta foi gerada, recordo, pelas demissões sucessivas do ministro das Finanças, “número dois” do executivo, e do ministro dos Negócios Estrangeiros, número três, que é também o líder do partido que garante a maioria em que o governo assenta. No seguimento dessas demissões e do estupor que isso lhe terá causado, o sr. Presidente desenvolveu várias acções tendentes a resolver a crise, embora considerando que o actual governo continuava na “plenitude das suas funções”. Depois de uns episódios de telenovela e de umas negociações feitas de afogadilho entre os dois partidos da actual coligação, o sr. Presidente foi confrontado com uma proposta de remodelação do governo nos termos da qual o ex-número três passava a número dois, com o posto de vice-primeiro ministro e com a coordenação das pastas económicas, entre as quais a das Finanças.
Ora o sr. sabe tão bem como eu que a actual situação do país não se compadece com soluções de baixa opereta e que o pretendido número dois, além de ter perdido qualquer credibilidade política, carece de qualificações plausíveis para ser o coordenador das pastas económicas do governo. Recordo-lhe ainda que ele se demitiu porque não aceitou a nomeação da actual detentora da pasta das Finanças, que ele agora pretende “coordenar”. Acresce que o primeiro-ministro é, como o sr. também sabe, um triste incompetente que em dois anos fez exactamente o contrário de tudo quanto prometeu. Assim, sr. Presidente, avalizar a remodelação governamental que lhe foi proposta seria o passo mais desastrado da sua carreira. E não me estou a esquecer de nenhum dos passos desastrados que o sr. já deu.
Quando a coligação de opereta esperava que o Presidente fosse seu cúmplice e viesse pasmadamente, como é seu timbre, ratificar a remodelação proposta, o sr. decidiu falar ao país. E que disse aos portugueses? Omitindo gritantemente o assunto remodelação, desafiou o principal partido da oposição a contribuir para um compromisso de “salvação nacional”, tido como indispensável para tranquilizar os credores de Portugal até a umas eleições legislativas antecipadas. Não vou esmiuçar aqui os diversos aspectos insólitos e patéticos de tal desafio, porque nunca acreditei que tivesse sido lançado de boa-fé. Sempre o encarei como uma manobra de diversão, cujo expectável resultado – que está hoje à vista – serviria ao Presidente para tentar justificar a decisão que tem preparada e hoje anunciará ao país.
O sr. Presidente diz-se movido apenas pela busca de uma “salvação nacional”. Pois se assim é, o primeiro passo que o sr. terá de dar nessa direcção consiste em pôr imediatamente termo a este governo incapaz, descredibilizado e falido. Não querendo desde já dissolver a Assembleia e marcar eleições, decisão que posso respeitar em face das justificações que apresentou, resta, pois, ao sr. Presidente propor à actual maioria um governo de iniciativa presidencial, que deverá gerir o país até às eleições que o sr. oportunamente marcará. Esse governo deverá ser composto por pessoas não comprometidas com os dois anos de governação que levaram o país a esta situação miserável e que não provoquem a priori nos portugueses a ira e o escárnio que a actual coligação provoca. Se a maioria parlamentar não quiser contribuir para essa solução, com o que provaria ser também profundamente estúpida além de totalmente inepta, então o Presidente terá que ir para uma imediata dissolução da Assembleia.
A pífia manobra de diversão que o sr. Presidente ensaiou – para tentar passar as culpas da presente crise para a oposição e assim coonestar a decisão que vai hoje anunciar ao país – permite prever que essa sua decisão não será aquela que eu aqui lhe aponto. Se assim for, sr. Presidente, despeça-se definitivamente da alta magistratura que os portugueses lhe confiaram, pois estes passarão a olhá-lo como um mero fantoche de feira, sem qualquer dignidade nem préstimo.
"Júlio"
Rapinado ao blogue "Aspirina B" 

E... tudo o vento levou:


Saturday, July 20, 2013

Eles comem tudo e não deixam nada:










Humor fim-de-semana:

Passos Coelho vai à bruxa...
A vidente concentra-se, fecha os olhos e diz:
- Vejo o senhor a passar numa avenida, em carro aberto, com o povo a acenar.
Encantado, Passos Coelho, pergunta:
- E a multidão, está feliz?
- Como nunca!
- E o povo, corre atrás do carro?
- Atrás e à volta... Como loucos! A polícia até tem dificuldade em abrir caminho.
- As pessoas, carregam bandeiras,... dísticos?
- Sim, bandeiras de Portugal e faixas com palavras de esperança.
- A sério?!... E gritam,... cantam?
- Gritam: "Agora sim!!! Agora tudo vai melhorar! "
- E eu,... como é que eu reajo?
- Não dá p'ra ver.
- Não dá para ver?!
- Não! O caixão vai fechado!...

Friday, July 19, 2013

Um acordo! Para ficar tudo na mesma?


Rui Costa:

Deixa os amantes do ciclismo e, os Portugueses em geral, felizes com mais esta vitória.

A minha geração. UHF:

A bota e a perdigota:

Nacos de vida. Poesia de Rodela:

Um retrato fiel

Minha mãe teve oito filhos
sem contar com os defuntos,
mas eu dei-lhe mais sarilhos
do que os outros todos juntos.

A minha mãe, coitadinha,
criou-nos do mesmo peito
dum jeitinho que ela tinha
e eu quis mamar no meu jeito.

Hoje, o retrato pintado
desse filho tresmalhado
que a minha mãe teve um dia

vive aqui à minha beira
a consumir-me a "moleira"
ó mãe que grande alegria!  
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