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Monday, November 11, 2013

O onze de Novembro:

Era um dia como outro qualquer se não fosse o caso de em mil novecentos e dezoito se ter dado o armistício: “Suspensão das hostilidades entre beligerantes como resultado de uma convenção, sem contudo pôr fim à guerra; trégua”. Este armistício aconteceu na floresta de Compiègne, cidade francesa no departamento de Oise, na região de Picardia. Dentro de um vagão-restaurante os beligerantes assinaram um tratado de cessar-fogo.
Em mil novecentos e dezanove dá-se o tratado de paz em Versalhes que foi assinado por Marechal Ferdinand Foch, comandante-em-chefe das forças da Tríplice Entente, e Matthias Erzberger, representante alemão. A partir daí a paz no Mundo foi duradoira durante vinte anos até que surgiu novamente a Alemanha pela mão de Hitler a invadir novamente a Europa e dá-se a Segunda Guerra Mundial, nome como ficou cognominada.
Na de mil novecentos e catorze a dezoito morreram milhões de pessoas. Sabe-se que nas guerras quase todos perdem. Só não perde as fábricas de material de guerra. Dizem que as guerras fazem desenvolver os países que as sofrem. Puro engano. Se, se fizessem contas aos gastos e perda de vidas humanas depressa se concluía que foi maior o gasto que o proveito. Se não vejamos:
O dinheiro despendido com o material de guerra e tudo o mais que a suporta não seria melhor aplicado num plano de paz que levasse a investir-se no ser humano, economia, indústria -não bélica - educação, meio-ambiente, saúde e construção civil! Aliás, foi nesta última o maior investimento após o findar das duas Grandes Guerras. Só que pelo meio ficou muita vida humana morta ou destroçada.
Também no dia onze de Novembro de mil novecentos e setenta e cinco dá-se a independência de Angola que a partir desta data usa o nome de República Popular de Angola. O seu primeiro Presidente da República foi António Agostinho Neto (Agostinho Neto, “nome de guerra”), de onze de Novembro de mil novecentos e setenta e cinco a dez de Setembro de mil novecentos e setenta e nove. Aqui também muitas vidas foram ceifadas e destroçadas.
Tive o "privilégio" ou "má sorte" de ali combater como soldado do exército português. Digo privilégio porque foi assim que fiquei a conhecer um pouco de Angola e sua gente. E que gente! 
Má sorte porque sofri as agruras da vida nos melhores anos da vida de um jovem. Mas valeu a pena porque fiquei enamorado por aquela terra vermelha. Os Dembos, a qualquer hora me vem à memória. Principalmente Balacende e Caxito.
Ainda neste dia e com data anterior à Primeira Guerra Mundial em muitas aldeias, vilas ou cidades de vários países é celebrado o dia de S. Martinho. Esta efeméride é devida a que um soldado romano chamado Martinho ao ver um mendigo cheio de fome e a pedir esmola e como estava muito frio rasgou a sua capa de agasalho em duas e deu uma metade ao mendigo. De repente o frio parou e o tempo aqueceu. O que leva a acreditar que foi este acontecimento que fez mudar o tempo de frio para calor.
Mas este dia de S. Martinho ficou ainda mais rico com os adágios populares. Entre vários o mais falado: “No dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho”. 

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