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Sunday, August 25, 2013

A crítica:

Hoje a Internet através dos jornais dá-nos notícias para todos os gostos. Recorda-nos o incêndio do Chiado em Lisboa, faz hoje vinte e cinco anos, noticia a morte de António Borges, onde há vários comentários a regozijar-se com a sua morte, outros a condenar esses comentários. Não sei se é o calor que se faz sentir que lhes sobe à cabeça. Os portugueses são os oito e os oitenta. Nascemos assim e assim havemos de morrer.
Se se critica algo há alguém que vem censurar. Não compreendem que a crítica é o maior dom que se alcançou com o vinte e cinco de Abril. Quem não gosta da crítica deve pautar para não dar azo a que ela exista.
Quando se crítica, que é o meu caso, não critico a individualidade mas sim a sua função. Quem não quer ser lobo não lhe veste a pele. Se a resposta à crítica viesse a quem ela é dirigida ainda se compreendia. Agora por quem não tem responsabilidades entendo que são dores de barriga ou quer ver quem tem ideias contrárias a estar calado. Como os portugueses usam nos seus adágios: come e cala-te.
Mas não estamos nesse tempo. E, se querem que não ajam críticas façam pelos munícipes o que se comprometeram a fazer. Ou querem que sejamos iguais aos alunos de uma turma que o professor quis ver a sua reacção no primeiro dia de aula. Passo a explicar:
“Primeiro dia de aula, o professor de 'Introdução ao Direito' entrou na sala e a primeira coisa que fez foi perguntar o nome a um aluno que estava sentado na primeira fila:
- Qual é o seu nome?
- Chamo-me Nelson, Senhor.
- Saia de minha aula e não volte nunca mais! - Gritou o desagradável professor.
Nelson estava desconcertado. Quando voltou a si, levantou-se rapidamente, recolheu suas coisas e saiu da sala.
Todos estavam assustados e indignados, porém ninguém falou nada.
- Agora sim! Vamos começar. Para que servem as leis? Perguntou o professor.
 Seguiam assustados ainda os alunos, porém pouco a pouco começaram a responder à pergunta:
- Para que haja uma ordem em nossa sociedade.
- Não! - Respondia o professor.
- Para cumpri-las.
- Não!
- Para que as pessoas paguem por seus actos.
- Não! Será que ninguém sabe responder a esta pergunta?!
- Para que haja justiça - falou timidamente uma garota.
- Até que enfim! É isso, para que haja justiça.
E agora, para que serve a justiça?
Todos começaram a ficar incomodados pela atitude tão grosseira.
Porém, seguiam respondendo:
- Para salvaguardar os direitos humanos...
- Bem, que mais? - Perguntava o professor.
- Para diferençar o certo do errado, para premiar a quem faz o bem...
- Ok, não está mal porém respondam a esta pergunta:
"Agi correctamente ao expulsar Nelson da sala de aula?"
Todos ficaram calados, ninguém respondia.
- Quero uma resposta decidida e unânime!
- Não! - Responderam todos a uma só voz.
- Poderia dizer-se que cometi uma injustiça?
- Sim!
- E por que ninguém fez nada a respeito? Para que queremos leis e regras se não dispomos da vontade necessária para praticá-las? Cada um de vocês tem a obrigação de reclamar quando presenciar uma injustiça. Todos. Não voltem a ficar calados, nunca mais!
Depois de uma breve pausa, continuou:
Alguém vá buscar o Nelson. Afinal, ele é o professor, eu sou aluno de outro período.
Aprenda: Quando não defendemos nossos direitos, perdemos a dignidade e a dignidade não se negoceia.”
Se é assim que querem que eu me comporte desenganem-se. Enquanto vir promessas não cumpridas vou aqui reclamá-las. Sejam elas praticadas por A ou B porque o que me interessa é o progresso de Freamunde. E, quanto a isso vamos de mal a pior. Só quem não dá por isso ou é cego ou como a coruja.      

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