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Monday, December 9, 2013

Este aforismo diz-nos tudo. É como: vê-se caras e não corações. Quantas caras se vêem e não sabemos o que vai no coração. O homem tem por natureza um pouco de actor. Disfarça mais ou menos qualquer situação quer seja mais favorável ou menos. Não é só actor quem trabalha no cinema ou teatro.
Aliás, o teatro que nasceu antes do cinema, veio retratar cenas do quotidiano. Por isso e como não podia deixar de ser o actor foi da vida real para o teatro e não o seu contrário.

Como se diz de são e de louco todos temos um pouco também acontece no que concerne aos actores: de actores todos somos portadores. O certo é que na vida real cada um desempenha o seu papel.
Ao contrário no teatro ou cinema desempenha-se o de outros. Por isso os ensaios e os papéis atribuídos. Porque desempenhar o papel de outrem não é assim tão fácil. Assim como não é fácil por vezes desempenhar o nosso. O que nos vai na alma. Os desabafos que não votamos cá para fora por decoro e vergonha.
Desconfia-se mais hoje que ontem que a classe média está a passar por tremendas necessidades. A vergonha e o seu modo de actuar (actor) escondem essa miséria. Ai se pudéssemos exteriorizar ou se as paredes falassem. O que se diria!
Assim vamos continuando a desempenhar o papel de actor, uns melhores que outros e, o consumidor (governo) vai pensando que tudo decorre dentro da normalidade. 
E... depois o aforismo continua em uso: Só sabe o que se passa no Convento quem está lá dentro.

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