Se certas pessoas, entre elas, a Presidente da Assembleia da República tivessem um pouco de decoro não batiam palmas ou sorriam com as declarações de José António Pinto (Chalana). Em vez disso arranjavam um capuz e cobriam a cabeça de vergonha. Mas nada disso acontece. São só sorrisos.
Ainda há dias Paulo Morais no Parlamento sublinhou nome por nome quem eram os corruptos. Falou de pessoas que ainda são deputados e estes não vieram desmentir essas afirmações. O que para quem ouve chega à conclusão de que quem cala consente. O Parlamento, não digo Assembleia da República porque ali labora muita gente digna, é uma casa que muitos classificam como a gruta dos quarenta ladrões. Só que ali são mais que quarenta.
O que me deixa perplexo é vê-los com sorrisos depois de tais “insinuações”. Não há ninguém que dê um murro na mesa! Esta situação faz-me recordar uma história passada há anos numa fábrica de fiação. Passo a contar:
Um dia apareceu à portaria dessa tal fábrica um homem com uma carabina na mão. De imediato o porteiro perguntou porque se apresentava ali com a carabina? Ao que recebeu como resposta: soube por linhas travessas que a minha mulher me anda a trair. Por isso aqui estou para a matar. O porteiro ficou incrédulo. De imediato telefonou para o interior da fábrica dando conta do que se passava. Chegada a hora do término do dia de trabalho só saiu o operariado masculino e as solteiras.
Moral da história: da fábrica ainda saíram algumas pessoas. Do Parlamento não saiu ninguém. Com isto não quero dizer que sejam todos corruptos! Mas a maioria é.
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