Pedaços dum poeta
As marcas que eu vou deixar
nos caminhos onde eu passo,
é que um dia vão ditar
o valor deste pedaço.
Sou poeta popular
só canto depois de morto,
não tenho em vida vagar
p´ra me dar a tal conforto.
Meus versos têm o cunho
das foicinhas e do punho,
não servem a burguesia.
São bombas de sofrimento
que se rebentarem, cá dentro,
vomitam filosofia.
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