Foi ontem decidido. Já se sabia que por uma tinha de ser. Armanda Fernandez foi a mais votada no dia vinte e nove de Setembro nas eleições autárquicas em Freamunde. Ontem na tomada de posse - ia dizer na passagem de testemunho, mas isso não aconteceu uma vez que não havia em Freamunde desde as eleições de dois mil e nove Assembleia de Freguesia - quem dirigiu os trabalhos foi a nova Presidente da Junta de Freguesia, julgo coisa “sui generis”, numa tomada de posse. Mas assim foi. A outra, Susana Regadas, foi eleita por voto para presidir à Assembleia de Freguesia.
Coisa de louvar foi a posição do PSD ao abdicar de um vereador. Assim o PS passou a ter três vereadores, PSD um e a CDU outro. Dizia alguém ao meu lado: - A Armanda Fernandez ao aceitar esta situação está a meter uma pedra no sapato. E... continuou. Estão a passar toda a responsabilidade para o PS e não aceitam a decisão do eleitorado de Freamunde. Isso é mau porque não é forma de democracia. O eleitorado tem de ser respeitado.
- Respondi-lhe. - Estão a ser coerentes com a tomada de posição nas últimas eleições. Dão toda a liberdade de acção ao PS. Se um dia serão ou não responsabilizados por esta tomada de posição não se sabe! O povo é quem mais ordena. Mas, para isso, Armanda Fernandez tem de fazer um trabalho utilitário. Se assim não for o julgamento joga a favor da oposição. Com esta tomada de posição quem beneficia é Freamunde. Aqui o meu parceiro de lado torceu o nariz e disse:
- Já viste que vamos ser governados por mulheres? - E, isso tem algum mal! - Respondi-lhe. Não serão as mulheres o maior número de Freamundenses? Por acaso o maior número de pessoas aqui no Auditório Fernando Santos não são mulheres! Por isso acho um bem natural e pode ser que daqui para a frente outras terras e outros partidos do concelho tomem isto como exemplo. O que interessa é que ambas desempenhem um bom papel que a partir daí vamos ser invejados. E não é por acaso que somos uma terra de eventos.
- Falas bem - interrompeu-me novamente o meu parceiro de lado. Não vês que vamos ser ironizados pelos pacenses. Que vão dizer que perdemos a nossa virilidade.
- Qual virilidade qual carapuça - atirei-lhe. Talvez a nossa vaidade. Mas os tempos estão para isto. E se acaso te sentires ofendido respondes-lhes que a nossa Banda de Música é composta só por músicos do sexo masculino ao contrário da deles.
- Não é a mesma coisa - respondeu-me.
- Não é a mesma coisa - respondeu-me.
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