A homilia deste fim-de-semana foi sobre Zaqueu o chefe dos Publicanos. Os publicanos era um povo Judeu a quem foi confiado o dever de cobrar impostos. Naquele tempo os Romanos iam à conquista de países para os tornar cristãos. Depois da conquista e como não sabiam falar a língua do país conquistado, elegiam uma classe para ser cobradores de impostos, para assim fazer face a novas guerras. Assim aconteceu com os Publicanos.
Sabe-se que esta gente - cobradores de impostos - não reúnem o consenso entre a população, principalmente quando eles, impostos, são demasiados altos e injustos. Zaqueu apercebia-se disso. Mas não tinha outra forma de sustento. Não tinha estudos e não tinha nenhuma profissão. Simplesmente vivia da agiotagem.
Sabe-se que esta gente - cobradores de impostos - não reúnem o consenso entre a população, principalmente quando eles, impostos, são demasiados altos e injustos. Zaqueu apercebia-se disso. Mas não tinha outra forma de sustento. Não tinha estudos e não tinha nenhuma profissão. Simplesmente vivia da agiotagem.
Um dia foi sabedor da passagem pela sua cidade - Jericó - de Jesus. Acorreram a esta manifestação inúmeras pessoas. Todos queriam ouvir a sua palavra. Zaqueu também o queria. Como era um homem de baixa estatura subiu num sicómoro (figueira doida) para dali ver Jesus. Só que quando Jesus passava perto do sicómoro disse-lhe: “Zaqueu desce depressa, pois Me convém ficar hoje em tua casa.” E assim aconteceu.
Toda a multidão censurou esta atitude de Jesus. Então o maior pecador de Jericó ia dar guarida a Jesus! Mas Zaqueu como forma de agradecer este perdão de Jesus disse: “Escute, Senhor, eu vou dar a metade dos meus bens aos pobres. E, se roubei alguém, vou devolver quatro vezes mais”.
Esta homilia foi a palavra de Deus para este fim-de-semana na Igreja Católica. Enquanto a ouvia vários pensamentos passaram pelo meu cérebro. Será por ser a seguir à aprovação do Orçamento de Estado para dois mil e catorze? Aqui esqueci este pensamento porque a igreja não se mete na política. Dizem eles.
Mas custa ver pessoas com responsabilidades eclesiais virem para a comunicação social dizer que se o governo não tomar as mediadas anunciadas (impostos e cortes nas pensões) não há dinheiro para pagar salários para mais de um mês! Afinal D. José Policarpo está entre o clero ou em cima do sicómoro?
Podia se juntar ao Papa Francisco um enviado de Jesus a mandar os (Zaqueus) descerem da árvore e assentarem os pés na terra. Que calce as sandálias do pescador em detrimento dos sapatos de Prada. Já foi tempo de mais da Igreja Católica estar ao serviço do grande capital. Se assim não for não vale a pena mandar Zaqueu descer da árvore. Deixem-no estar a ver passar a multidão pobre e cheia de fome.
Este foi o primeiro pensamento porque outros se seguiram. Será por ser no dia dos fiéis. Se já roubam nos subsídios, impostos e salários aos vivos também roubaram aos mortos o seu dia de consagração. Foi um dia triste que se viveu nos cemitérios portugueses.
Mas o nosso Zaqueu não sabe fazer outra coisa. Nasceu para chefe de cobradores de impostos. E sem saber “ler ou escrever” fizeram-no subir ao sicómoro. Não foi por ser de baixa estatura física. Simplesmente foi por baixa estatura intelectual. Porque se tivesse uma réstia de inteligência não esperava pela palavra: “desce da árvore porque se não o fizeres o País não suporta tal vilania”.
É o que lhe diz o povo. Quer seja em manifestações, no dia-a-dia, ou nas desgraças que campeiam por aldeias, vilas ou cidades. Enquanto o nosso “Zaqueu” não compreender isto é não compreender o País. Julga que o País é a sua casa, a sua família, o Palácio de S. Bento ou a Assembleia da República onde se senta a maioria dos Zaqueus. Se não vier um “jesus” para dar volta a isto vamos estar infestados de cobradores de impostos. Assim não dá para viver.
É o que lhe diz o povo. Quer seja em manifestações, no dia-a-dia, ou nas desgraças que campeiam por aldeias, vilas ou cidades. Enquanto o nosso “Zaqueu” não compreender isto é não compreender o País. Julga que o País é a sua casa, a sua família, o Palácio de S. Bento ou a Assembleia da República onde se senta a maioria dos Zaqueus. Se não vier um “jesus” para dar volta a isto vamos estar infestados de cobradores de impostos. Assim não dá para viver.
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