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Tuesday, November 12, 2013

Gerações:

Todas tiveram papel preponderante na construção deste Mundo. Umas, mais que outras. Claro! Vem isto a propósito de uma conversa na Televisão Angolana (TPA), no programa Tchilar. Um dos vários convidados estava no programa como professor e responsável pela selecção de formandos para um curso de formação estatal. A maioria dos candidatos tinha curso superior. 
Aqui foi referido pelo tal professor, responsável pelo curso, para os interessados estudarem a história Angolana porque seria à base dela que ia incindir os testes. Aproveitou a ocasião para desferir várias críticas à juventude angolana. Sem contudo deixar passar em claro o sistema de educação que as escolas angolanas administram. Deu exemplos de como os heróis angolanos estão a ser esquecidos. Eles, nas palavras do dito professor, foram quem sacrificaram as suas vidas, milhões que as perderam, a sua juventude, o ambiente social, sabe quem por ali andou, ou combateu-os, o meu caso, como era a forma de vida de muitos guerrilheiros e população trabalhadora.
Ainda revejo na minha mente os acampamentos onde viviam. Regra geral junto a um rio e numa floresta bastante frondosa. Escusado será dizer que não possuíam electricidade e por isso não tinham televisão, também não possuíam postos retransmissores, frigoríficos, fogões eléctricos. Era à base do candeeiro a petróleo ou petromax. De um momento para outro tinham-nos de abandonar quando a tropa portuguesa atacava esses acampamentos. Depois voltavam e tinham de remodelar tudo porque a tropa destruía tudo.
Como ia dizendo tudo isto foi referido pelo tal professor. Que era de lastimar uma vez que é mais conhecida uma misse angolana, um jogador de futebol ou um cantor vulgar, mais que um qualquer herói da revolução angolana. Mas não se ficou por aqui. Deu exemplos do comportamento dessa tal juventude e certa população em geral. De como se comportam em sociedade. Vale mais o ter que o saber. Não se respeitam as normas civilizacionais tais como a regra de boa educação. O não respeitar os mais idosos porque são estes a fonte do conhecimento. Assim como as mulheres que são a pedra basilar da família. Até ressalvou que era cognominado como feminista. Mas se o elogiar as mulheres é ser feminista disse que não se importa desse cognome.
Foram uns bons momentos de audição a que prestei a este “Senhor Professor”. Palavras destas soam sempre bem nos ouvidos da maioria de quem as ouve. Em mim como disse não caíram em saco roto. Lembrei-me da minha meninice e juventude e vi ali como nessa altura valorizávamos o saber dos mais idosos. O seu comportamento. Foi deles que recebi parte do que sou hoje. A título de curiosidade. Quantas vezes recrimino quando vou num passeio e nele vem um casal jovem ou dois rapazes e são os mais velhos que se têm de se desviar para não serem atropelados. E depois medito. Filho és pai serás assim como fizeres assim receberás.
O programa Tchilar é baseado em música jovem. Ali aparece de tudo. Sendo que a maioria é a juventude. Trata quase sempre de música que anda na moda. Tenho visto mas não permaneço muito tempo neste canal. Passo para outros. Não quer dizer que não gosto de música. Mas ontem permaneci ali o tempo todo a ouvir o tal professor e como disse dei o tempo por bem empregue. Professores destes deviam aparecer mais vezes a ser entrevistados. Ganhavam os programas, não digo as audiências, e público em geral. Podia não ser nos primeiros programas. Mas depois dava-se o adágio popular de que eu gosto de salientar: “água mole em pedra dura tanto dá que até fura”.         

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