Faz hoje cinquenta e três anos que comecei a minha actividade profissional. Tinha feito o exame da quarta classe - prova oral - no dia onze de Julho, por sinal, segunda-feira de festas da Vila, àquele tempo, e passados oito dias pela "mão" de Abílio Barros, sócio gerente da fábrica de móveis de Albino de Matos Pereira & Barros, dei entrada na secção de estofos para aprender a arte de estofador. Tinha onze anos.
Naquele tempo não havia outra hipótese. Para seguir os estudos tinha-se que ter arcaboiço monetário e neste aspecto os meus pais não o possuíam. O único que tinham era a força dos seus braços para nos dar o sustento.
Naquele tempo não havia outra hipótese. Para seguir os estudos tinha-se que ter arcaboiço monetário e neste aspecto os meus pais não o possuíam. O único que tinham era a força dos seus braços para nos dar o sustento.
Foi nesta casa que nasci
Acontece que era o segundo filho mais velho, naquela altura éramos cinco e uma na barriga da minha mãe, que passado um mês do meu início de trabalho, resolveu vir cá para fora absorver do oxigénio com que nós respirávamos. Vim a ser seu padrinho o que já lá vai em cinquenta e três anos. Estas datas tenho-as gravadas na minha memória e gosto de relatá-las.
No domingo de festas Sebastianas andava a fotografar o tapete de flores por onde ia passar a procissão do Mártir S. Sebastião e ao passar à beira da casa onde nasci não resisti a fotografá-la.
Há muito que andava para o fazer mas nunca se proporcionava. Por estas coisas sinto uma nostalgia que gosto de preservá-la. A casa está em ruínas mas é a casa que me deu vida. Sessenta e quatro anos, são muitos anos, quando para ali foram os meus pais, não a foram estrear.
Começo por lembrar o aniversário da vida profissional e acabo a falar da minha primeira casa. Nós, portugueses, somos assim! Uns nostálgicos.
Há muito que andava para o fazer mas nunca se proporcionava. Por estas coisas sinto uma nostalgia que gosto de preservá-la. A casa está em ruínas mas é a casa que me deu vida. Sessenta e quatro anos, são muitos anos, quando para ali foram os meus pais, não a foram estrear.
Começo por lembrar o aniversário da vida profissional e acabo a falar da minha primeira casa. Nós, portugueses, somos assim! Uns nostálgicos.
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