RSS
Facebook
Twitter

Tuesday, June 11, 2013

O que ficou do dez de Junho:

Nada! Antigamente íamos em duas filas indianas, uma em cada berma do caminho ou estrada, uns com um quilo de arroz na mão, outros com outro produto qualquer, mas quase sempre a maioria era arroz ou massa. Nunca percebi bem a adopção da maioria dos pais dos alunos por esses dois produtos. Mas como os portugueses são exímios em eventos mais tarde compreendi esse facto. Passo a explicar:
Um dia um grupo de convivas resolveu fazer um piquenique ao ar livre e pôs à disposição de cada um levar o que bem entendesse sem revelar o quê. Todos concordaram. No dia do convívio lá apareceram munidos com o repasto e o estômago a dar horas. Na hora de abrir as surpresas houve um ai de estupefacção! Não é que todos só levaram azeitonas.
Era o mesmo que no dez de Junho do meu tempo de escola: só arroz e massa. Mas lá íamos todos contentes a cantar o “Lá vamos cantando e rindo”. Não havia discurso do Presidente da República mas havia uma peça de teatro infantil e variedades em que nós mostrávamos à sociedade local como andávamos bem afinados.
Hoje – ontem – era o que o Presidente da República queria que os Portugueses fizessem. Sempre alinhados em fila e a abanar com a cabeça em sinal de concordância com os seus discursos. Quer sejam de não vacilar, praticar desporto e agricultura. Devemos comer e não refilar. Seja só arroz, massa ou azeitonas. 
O que nos é imposto depois de elegermos um Presidente da República ou um Governo é confiarmos na sapiência de tão ilustres iluminados. Mesmo que nos estejam a conduzir para o precipício a nossa obediência é deixarmo-nos levar.
Aqui vem-me outra história à lembrança: A do condutor que seguia em contramão na auto-estrada. Depois de ser avisado através de telemóvel pela esposa, que tinha sido noticiado na rádio que ia um condutor em contramão, lhe respondeu: - não é só um, são muitos!  
É o que nos está a fazer Cavaco Silva. Constantemente é avisado pelos seus amigos que vai em contramão mas não se importa. O seu objectivo é seguir em frente mesmo por caminhos tortuosos ou em contramão. 
Os ensinamentos ditaram-lhe que o não vacilar, o praticar desporto e o perceber de agricultura é a prova provada da sua razão. Os Portugueses é que não estão preparados para esse fim e têm que nascer duas vezes.
Em fila indiana, numa ou duas bermas do caminho ou estrada, com um quilo de arroz ou massa na mão, o que Cavaco Silva quer é que cantemos o “Lá vamos cantando e rindo. 
E aqui outra lembrança me vem à memória. Não seria por esse motivo que foi escolhida Isabel Jonet para representar a mulher portuguesa no dez de Junho? 

0 comments:

Post a Comment

ban nha mat pho ha noi bán nhà mặt phố hà nội