Acabada a jornada número trinta e assim o término do Campeonato Nacional da Primeira Liga de Futebol Profissional, com a vitória do F. C. Porto em Paços de Ferreira, por dois a zero sobre os castores, voltaram a encontrar-se os três Benfiquistas - Quim “Fala-barato”, João da “Isaura” e Zé “Parafuso”. A conversa já se sabia qual era. A infelicidade do seu Benfica. Infelicidade, essa que não veio ao minuto noventa e dois no jogo contra o Moreirense Futebol Clube. Pelo contrário.
- Ao minuto noventa e três o nosso Glorioso beneficiou de um penalti mas pelas imagens e comentários foi limpinho, - assim dizia com tristeza o Zé “Parafuso” - que não resistiu a dar uma fugida à Mata Real para saber das incidências do jogo.
- Não assisti ao jogo - disse ele. O motivo não foi o preço dos bilhetes - até porque já não existiam - mas por uma questão de coerência.
- Questão de coerência! - Disse o Quim “Fala-barato. Se fosses coerente nem lá punhas os pés. Só me desloco a Paços de Ferreira para pagar os impostos. Se não fosse isso nunca lá iria. E... digo mais. Uma das boas obras feitas pelo Governo e pela Câmara Municipal de Paços de Ferreira foi a A42 e a Via do Poder Local. Sabeis que com isto, a não ser ter de pagar os impostos, como já disse, nunca mais ali passei. Por isso a minha recriminação por ires ali só para veres as incidências. Mas… todos somos livres de fazer o que quisermos. Afinal o que ouviste ou viste por lá? Pelo que me foi dado saber é que tudo estava combinado. Aquilo não foi um jogo. O F. C. Paços de Ferreira que a jogar em casa não deixa o adversário pôr o pé em ramo verde, pelo menos este ano, hoje parecia uma equipa de meninas. Logo no princípio o Luís Carlos num atraso para o Guarda-redes, Cássio, pôs a bola num avançado do Porto dando a entender que foi propositado. Também o árbitro Hugo Miguel estava convidado para a festa. Já não bastava do que se falava dele no processo Apito Dourado. Se dúvidas houvesse! Agora veio a confirmar-se.
- Concordo com o que dizes! - Com esta exclamação entrou na conversa o João da “Isaura” - e como achega referiu que o Quim “Fala-barato” quando começa a falar não dá vez a ninguém.
- Referi há dias que os dirigentes do F. C. Porto não andam a dormir como os nossos! Quando não podem vencer no campo da batalha tentam na secretaria. E, não há quem lhes ganhe. Conhecem todos os meios e movem todos os cordelinhos. Antes do jogo Benfica - Estoril levantaram um sem número de suspeitas em como tudo estava planeado. Até alguns órgãos de comunicação social levantaram essa mesma suspeita. Diziam que o Benfica e Estoril combinaram um pacto de não-agressão. E o que se há-de dizer com a atitude do Paços de Ferreira ontem! Aquilo não foi um pacto de não-agressão entre ambos, foi de não-agressão ao F. C. Porto! Porque os jogadores do F. C. Paços de Ferreira andaram a passear durante os noventa minutos. Foi o que li no Jornal Record.
“Seria, no entanto, El Comandante a colocar o FC Porto na frente do marcador. O argentino, aos 23 minutos, converteu uma grande penalidade polémica de Ricardo sobre James Rodríguez. O árbitro da partida entendeu que o central pacense travou o colombiano dentro da área, quando El Bandido ia isolado. A ter acontecido contacto... é fora da área. Ainda assim, o juiz não hesitou. Penálti e expulsão do homem do Paços de Ferreira. Chamado a marcar, Lucho colocou o FC Porto na frente”.
“A equipa da Mata Real, até aqui concentrada em defender e espreitar o contra-ataque, viu-se obrigada a baixar (ainda mais) o ritmo de jogo já bem baixo. O FC Porto tinha as portas abertas para o tricampeonato”.
“No entanto, o jogo era fraco e continuava a um ritmo de passeio. Um passeio que até podia ter sido mais complicado. É que aos 76 minutos os castores pediram grande penalidade por mão de Otamendi. O árbitro não atendeu aos pedidos dos homens da casa.”
- E o que disse o treinador do Paços de Ferreira sobre o penalti e a expulsão de Ricardo? Nada! Assim entrou na conversa o Zé “Parafuso” que há uns largos minutos se mantinha como ouvinte e observador.
- Só faltou dizer como o outro. “Não me pronuncio sobre esse lance porque nesse momento entrou-me um chisco para o olho!” Talvez não visse bem o lance ou o boné que usa de publicidade lhe tirasse a visão. Contra outros clubes o mesmo boné, ou outro igual, deixa-o ter melhor visibilidade. Coerência de certas pessoas - finalizou o Zé "Parafuso".
- Só faltou dizer como o outro. “Não me pronuncio sobre esse lance porque nesse momento entrou-me um chisco para o olho!” Talvez não visse bem o lance ou o boné que usa de publicidade lhe tirasse a visão. Contra outros clubes o mesmo boné, ou outro igual, deixa-o ter melhor visibilidade. Coerência de certas pessoas - finalizou o Zé "Parafuso".
Sendo assim o que foste lá fazer? - Retorquiu o Quim “Fala-barato" para o Zé "Parafuso".
- Se era eu que me dispunha a meter-me no meio daquela gente. Até vos digo mais. Sempre que jogue um contra o outro a jornada nesse fim-de-semana para mim tem menos um jogo.
- Por mim se pudesse ser perdiam os dois – concluiu o João da “Isaura” - e até amanhã que de futebol estou farto.
- Ao menos que ganhemos ao Vitória de Guimarães na final da Taça de Portugal - desabou o Zé “Parafuso”.
- Se era eu que me dispunha a meter-me no meio daquela gente. Até vos digo mais. Sempre que jogue um contra o outro a jornada nesse fim-de-semana para mim tem menos um jogo.
- Por mim se pudesse ser perdiam os dois – concluiu o João da “Isaura” - e até amanhã que de futebol estou farto.
- Ao menos que ganhemos ao Vitória de Guimarães na final da Taça de Portugal - desabou o Zé “Parafuso”.
- Nem quero pensar nisso, disse o Quim “Fala-barato” - o que não se ririam os Sportinguistas se isso nos viesse a acontecer. Era como se diz na gíria: “ a vingança serve-se fria.
0 comments:
Post a Comment