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Tuesday, May 28, 2013

Está no discurso e no forma de fazer política. Quando se tem de elogiar uma medida tomada -  caso de Sócrates - sendo ela para o bem geral da população, não se deve ficar em meias tintas, deve-se elogiá-las, mesmo que elas venham dos nossos adversários. Da mesma forma, sendo o seu contrário, deve receber a reprovação.
Mas, a direita portuguesa é exímia em criticar e desfazer o que os antecessores elaboraram. Veja-se o caso na Educação, Saúde, Segurança Social, Energia Renovável, Novas Oportunidades e mais umas quantas medidas que o Governo Sócrates pôs em prática. 
Não é por acaso que hoje uma grande parte que contribuiu para a queda do Governo Sócrates está arrependida. Votaram em Passos Coelho e agora sentem o vazio. Foi deitar no escuro.
Por falar nisso há dias em conversa com um amigo, que votou PSD, fiz-lhe esta comparação: o teres votado no PSD foi a mesma coisa que numa viagem de carro numa curva desconhecida da estrada entrares a toda a velocidade e no fim de a concluíres tens um desastre.
Eu nesses casos sou prudente. Se não a conheço uso toda a calma e à medida que avanço acelero ou não. Também tenho atenção na qualidade da viatura. Agora quem se lamenta, o que quis foi entrar na curva, desconhecendo o seu trajecto. O que era preciso era desfazê-la a qualquer velocidade.           
Assim deixamos de curvar nas curvas nossas conhecidas para ser nas do além. E, sabemos como o além é uma escuridão imensa. Quando te acontecer de entrares numa curva para ti desconhecida pensa nisto que te estou a dizer e depois faz uma comparação entre essa curva e a tua decisão de contribuíres para a eleição de Passos Coelho. Em ambos os casos estavas de olhos vendados.  

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