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Friday, January 3, 2014

Passagem de ano ou virada de ano:

Já escrevi várias vezes que não ligo grande coisa à passagem de ano. Desde que me lembro os momentos em que senti maior alegria com a passagem de ano foi nos anos mil novecentos e setenta e um e dois mas por motivos pessoais. Cumpria serviço militar em Balacende, Angola, e ansiava que esses dois anos passassem rápidos para vir para o seio da família e amigos. Eram tempos difíceis e a distância era longa.
Depois sempre vi nas comemorações da passagem de ano uma forma de consumismo. Não digo que não deva haver. Sabe-se que o comércio, turismo e outras activades que asseiam pela chegada destas datas para que as finanças renasçam. Mas uma coisa é ser solidário com as necessidades destas instituições e outra é compreender a maneira exuberante como se festeja a vinda de um ano que à partida sabe-se que para os portuguese ainda vai ser pior. Só por puro narcisismo.
Mais a mais que não é uma passagem. Quando se dá uma passagem a pessoa ou coisa que a recebe assume o activo ou passivo. Mas aqui não. Os problemas transitaram e a vinda de outros está por breve. Ao menos se se pudesse varrer para debaixo do tapete como muitos fazem com o lixo ainda tinha atenuantes. Sendo assim têm razão os brasileiros de chamar à passagem de ano virada de ano. Porque a passagem de ano não foi mais que um virar de página. Tudo ficou igual. Quem devia ser passado ainda ganhou mais benesses.
Cavaco Silva sem pudor não se importa de prejudicar sempre os mesmos. E beneficiar os da sua laia. Que pena não lhe acontecer o mesmo que a Afonso VI. Não vejo personagem mais real para esse papel. Não tem cabimento nenhum no que faz, ou seja, o que faz é o que lhe mandam porque não tem voto na matéria e há quem diga que o mesmo acontece a ele como com D. Afonso Henriques. Passo a explicar:
Quando o jovem D. Afonso Henriques teve de assumir o poder da nação foram-lhe detectadas uma série de complicações psiquiátricas. Por esse motivo teve-se de se arranjar um substituto para tomar o lugar sem que o povo se apercebesse. Egas Moniz que tinha um rapaz à sua guarda da mesma idade e sexo viu nisso a forma de remediar a situação. É o que sempre ouvi dos “mentideiros”. Portanto não dou como seguro.
Assim como não dou como seguro como alguém disse há tempos que não é Cavaco Silva quem aparece na televisão e que toma as muitas más decisões mas sim um sósia. Duvido e não. Mas vendo as coisas há algo de real. Quem viu o primeiro mandado de Cavaco Silva fica perplexo com as decisões de hoje. Quando invectivava os jovens para a insubordinação no governo de Sócrates porque o povo não aguentava tantos sacrifícios este era o verdadeiro Cavaco Silva. Por isso a minha desconfiança por tal mudança. E não concordo com a passagem de ano. Porque o que está a acontecer é como dizem os brasileiros: viragem de ano: 

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