Este número visto de maneira superficial não quer dizer nada. É o número quarenta e seis mil seiscentos e sessenta e quatro. É um quatro, seguido de três seis e, finaliza com outro quatro. Na gíria os números que podem ser lidos da frente para trás e vice-versa e que tem o mesmo resultado dá-se o nome de capicua. Há quem diga que dá sorte quem o usufruir. Sabe-se que os dizeres dos mais antigos tem certezas e enganos.
Mas quem obteve o número 46664 teve imensa sorte. Aliás o número era 466/64. O que quer dizer que Nelson Mandela quando o herdou ficou conhecido no meio prisional como o número 466 do ano de 1964. Estes números correspondem aos números que a cadeia comporta, ou sejam aumentados em caso de superlotação, como acontece em Portugal. Este número de certeza que esteve a numerar um outro prisioneiro nesse ano. Só não acontecia assim se Nelson Mandela entrasse na cadeia no dia 1 de Janeiro de 1964. Assim, explico o modo e motivo, como Nelson Mandela foi possuidor deste número mítico. Para ser lido como 46664 foi-lhe tirada a barra que separa o número do ano. Depois desta explicação que deve ser do conhecimento da maioria de quem lê este artigo, chegado aqui, quero falar do que para mim mais representa a sorte do número capicua.
Mas quem obteve o número 46664 teve imensa sorte. Aliás o número era 466/64. O que quer dizer que Nelson Mandela quando o herdou ficou conhecido no meio prisional como o número 466 do ano de 1964. Estes números correspondem aos números que a cadeia comporta, ou sejam aumentados em caso de superlotação, como acontece em Portugal. Este número de certeza que esteve a numerar um outro prisioneiro nesse ano. Só não acontecia assim se Nelson Mandela entrasse na cadeia no dia 1 de Janeiro de 1964. Assim, explico o modo e motivo, como Nelson Mandela foi possuidor deste número mítico. Para ser lido como 46664 foi-lhe tirada a barra que separa o número do ano. Depois desta explicação que deve ser do conhecimento da maioria de quem lê este artigo, chegado aqui, quero falar do que para mim mais representa a sorte do número capicua.
Ficaram conhecidos mundialmente tanto o homem como o número. Houve simbiose. O número é fácil de dizer e interpretar. O dono dele, durante vinte e sete anos, foi fácil compreender. Dizem que entrou revolucionário e saiu apaziguador. Mas o homem quando o encurralam não é pacífico. Assim como os “encurraladores” não o são. Não me refiro ao sistema prisional mas sim a quem o lá levou e quem deu ordens para a sua prisão. Depois de todas as atrocidades que lhe fizeram, ainda estão vivos alguns, que agora lhe tecem elogios.
Diziam que era um homem com maus fígados. Mas não se sabe quais os fígados deles. Diziam que tinham um regime a suportá-los. Mas vistas as coisas o regime era pior que a luta encetada por Nelson Mandela. Não deve haver coisa pior que o apartheid. Não ter os mesmos direitos que outro tipo de cor! Ser expulso ou não poder entrar num espaço público por causa da cor da pele! Não poder estudar nos locais onde outros estudam por ser de cor diferente! Depois querer que essa raça seja pacífica!
Nelson Mandela acabou com isto tudo, no que diz respeito à África do Sul, com muito sofrimento. Quando o quiseram libertar negou-o caso os outros presos políticos não o fossem. São pessoas assim que merecem a nossa estima e consideração. E quem passou pelas cadeias sabe o quanto é difícil viver nelas. Qualquer outro preso ao ser-lhe concedida liberdade aproveitava-a logo.
Mas Nelson Mandela era de outra fibra. Do antes quebrar que torcer. Pôs o Mundo a pensar e agir de modo diferente.
Se aceitasse essa libertação a África do Sul convivia agora com o mesmo problema. Mas a sorte ou a gíria ou o que quer que fosse lidou com o Número e Homem mítico.
Hoje os que o fizeram sofrer choram a sua perda. Mas o Mundo só perdeu o físico de Nelson Mandela. Porque o que nos ensinou vai perdurar na consciência dos homens livres. Valeu a pena Nelson Mandela.
Hoje os que o fizeram sofrer choram a sua perda. Mas o Mundo só perdeu o físico de Nelson Mandela. Porque o que nos ensinou vai perdurar na consciência dos homens livres. Valeu a pena Nelson Mandela.
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